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A NAU, serviço digital da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), desenvolvido pela FCCN, atribuiu o primeiro DOI (Digital Object Identifier) a um MOOC (Massive Open Online Course – Curso Aberto e Massivo Online) resultante de um projeto de investigação.

A formação que recebeu a distinção foi desenvolvida pelo Instituto de Estudos Medievais (IEM), unidade de investigação ligada à NOVA FCSH e designa-se “Portugal na Idade Média: um reino com municípios democráticos e sem cidades?”. Este curso online angariou mais de 2.400 inscritos, distribuídos pela América, África, Europa e Ásia, oriundos de 25 países e com uma taxa de aprovação de 28%, que superou a prevista nos estudos científicos.

O DOI (Digital Object Identifier) é um identificador digital único que garante a referência permanente a documentos ou objetos digitais, independentemente de eventuais alterações nas hiperligações. Utilizado amplamente em publicações científicas, o DOI facilita a citação, o acesso e a rastreabilidade de conteúdos, promovendo a colaboração académica e contribuindo para a valorização e reputação dos autores.

Produzir um MOOC com base num projeto de investigação constitui uma estratégia eficaz para ampliar a divulgação científica e aumentar o impacto dos resultados obtidos. Ao permitirem alcançar um público vasto e diversificado, promovem a ciência aberta, a transparência e a acessibilidade ao conhecimento.

Esta estratégia é também uma forma de cumprir requisitos de financiamento relacionados com a disseminação pública e garante a sustentabilidade dos resultados, que permanecem disponíveis a longo prazo. Quando associado a um DOI, os conteúdos do MOOC tornam-se também facilmente citáveis e reconhecidos, contribuindo para a visibilidade dos investigadores envolvidos e da instituição na qual estão afiliados.

A NAU, serviço digital da FCT é cofinanciada pelo Investimento RE-C05-i08 “Ciência Mais Digital” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Publicado em 27 Junho 2025 | Atualizado em 1 Julho 2025

A Comissão Europeia abriu as candidaturas para o recrutamento de 60 peritos em inteligência artificial e os seus impactos, para a constituição de um painel científico independente para apoiar o Gabinete Europeu de Inteligência Artificial (AI Office) e as autoridades nacionais na aplicação e execução da Lei da Inteligência Artificial (AI act).

Os interessados podem submeter a sua candidatura até 14 de setembro de 2025, até às 18:00 (CET).

Os candidatos devem ter experiência em modelos e sistemas de IA de uso geral (GPAI), impactos da IA ou áreas relacionadas, tais como avaliação de modelos, avaliação e mitigação de riscos, cibersegurança, riscos sistémicos emergentes e medições e limiares computacionais. Destaca-se que devem ainda ter um doutoramento ou experiência equivalente e permanecer independentes de qualquer fornecedor de IA. A seleção implicará um mandato renovável de 24 meses.

O processo de seleção assegurará o equilíbrio e a representação entre homens e mulheres nos Estados-Membros da UE e nos países do EEE/EFTA. Embora a cidadania da UE não seja um requisito, 80 % dos peritos devem ser da UE ou dos Estados-Membros da EFTA.

Os promotores deste concurso aconselham os candidatos a prepararem atempadamente a sua candidatura, de modo que a possam submeter, preferencialmente, antes dos últimos dias do prazo.

Para mais informações, consulte os pressupostos da manifestação de interesse e o formulário de candidatura.

Publicado em 1 Julho 2025

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) disponibiliza no seu site a lista de resultados provisórios do segundo momento de avaliação do programa FCT Mobility, referente às candidaturas submetidas no período entre 11 de janeiro e 10 de março de 2025.

Foram propostas para financiamento 71 candidaturas de 75 propostas elegíveis, correspondentes a um financiamento de 486.654,50 € em apoios à mobilidade internacional de investigadores. Dos 71 investigadores em mobilidade internacional ao abrigo deste programa, e relativo à modalidade incoming, 18 são provenientes de países fora da Europa (Brasil, Canadá, EUA e Líbano), mas também de países europeus (Itália, Espanha, Reino Unido, Roménia, França e Irlanda). Na modalidade outgoing, são 53 os investigadores portugueses em trânsito, maioritariamente para países da União Europeia (Irlanda, Itália, Islândia Suíça, Espanha, Suécia, Reino Unido, Polónia, Alemanha, França, Áustria, Países Baixos, Bélgica, Grécia, Croácia e Roménia), e menos de um terço para países exteriores à Europa (EUA, China, Brasil, Chile, Canadá, Argentina, África do Sul, México e Angola).

Desde o seu início, este programa já recebeu 199 candidaturas, das quais foram aprovadas 152 (taxa de aprovação de 76,38%), com um financiamento total de 1.032.610,50 €..

O Programa FCT Mobility financia estadias de média e longa duração de investigadores/as doutorados/as nacionais em instituições estrangeiras e de investigadores/as doutorados/as estrangeiros em instituições nacionais, com vista à realização de atividades de investigação e/ou trabalho de campo.

O Programa, que apresenta uma dotação de cinco milhões de euros de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR (Medida RE-C06-i06 – Ciência Mais Capacitação), apoia duas modalidades:

• FCT Mobility outgoing, que suporta a estadia dos/as investigadores/as nacionais em instituições estrangeiras, entre 2 e 11 meses consecutivos;
• FCT Mobility incoming, destinado a acolher em Portugal investigadores/as afiliados/as a instituições estrangeiras, entre 1 a 3 meses consecutivos.

No caso de pais e mães de crianças de até 12 anos, o período total pode ser cumprido de forma não consecutiva, facilitando o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.

O programa encontra-se aberto em permanência. As candidaturas poderão ser submetidas até 31 de dezembro de 2025, para mobilidades com início até 31 de março de 2026. Neste período, prevê-se que sejam apoiadas pelos menos 185 mobilidades. Os apoios concedidos incluem um valor para uma viagem e um valor mensal para a estadia, que varia de acordo com o país de destino.

Este programa é um contributo importante para a promoção e o reforço da internacionalização do sistema científico e tecnológico nacional, que depende cada vez mais da sua atratividade internacional e da sua participação ativa em redes colaborativas internacionais.

Para mais informações, consulte a página do concurso.

Publicado em 20 Junho 2025

O Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC) anunciou, a 17 de junho, os 281 projetos selecionados no concurso ERC Advanced Grant 2024, que visa financiar investigadores/investigadoras de referência e com grande experiência nas suas áreas científicas. Nesta lista, há três projetos de investigadores/investigadoras a desenvolverem a sua investigação em Portugal, e cujo financiamento ascende a 7,5 milhões de euros (2,5 milhões de euros por projeto). Portugal passa assim a acolher um total de 14 projetos desta tipologia do ERC, referentes às quatro edições dos concursos ERC Advanced Grant no âmbito do Horizonte Europa (2021), o programa-quadro de financiamento europeu de investigação e inovação para o período de 2021-2027. No anterior programa-quadro, o Horizonte 2020 (2014-2020), e nas sete edições deste concurso, Portugal acolheu nove projetos, pelo que se verifica já um aumento significativo no número de projetos de investigação financiados, no presente programa-quadro.

As vencedoras e vencedor do Advanced Grant 2024 a desenvolver investigação em Portugal são:

• Megan Carey, Fundação Champalimaud, com o projeto SCULPTABELLUM “Sculping cerebellar activity across timescales”;
• Miguel Ferreira, NOVA SBE, com o projeto FINANCEforALL, “Financial Education in the Workplace: Combining Experimental Evidence with Administrative Data”;
• Mónica Sousa, I3S, com o projeto CORDheal, “The roadmap enabling spinal cord regeneration in mammals”.

Para Megan Carey, este é já o terceiro projeto financiado no âmbito do ERC (depois de Starting Grant em 2014 e Consolidator Grant em 2019); Miguel Ferreira tem o seu segundo projeto financiado (depois do Starting Grant em 2012). Quanto a Mónica Sousa, para além de ser o seu primeiro projeto ERC, e logo no seu nível mais avançado, realça-se o facto de ter sido apoiada na preparação da sua candidatura pelo Annual College of Reviewers do recente programa da FCT, ERC-Portugal, em particular do seu programa-eixo, ERC-PT Pre-Assessment. Consulte aqui mais informações sobre este programa.

Com estes resultados, a investigação desenvolvida em instituições do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) atingirá a marca de 117 milhões de euros em financiamento através dos concursos do ERC desde o início do Horizonte Europa.

Resultados da Diáspora Portuguesa

Merecem também destaque dois projetos liderados por investigadores portugueses a desenvolver a sua atividade no estrangeiro, totalizando um financiamento de 5,1 milhões de euros:

• Ana Domingos, Universidade de Oxford, com o projeto SympNetO, “Sympathetic Neural Networks protecting against Obesity”, que terá início após a conclusão do projeto ERC na tipologia Consolidator Grant, também no tema da obesidade.
• Paulo de Assis, Instituto Orpheus, com o projeto PosthumanMusic, “Posthuman Music: Creative Practices after AI and Blockchain”, tendo também já sido financiado anteriormente pelo ERC na tipologia ERC Starting Grant, num projeto que decorreu entre 2013 e 2018.

A FCT coordena a representação e participação nacional no Conselho Europeu de Investigação e, tal como comunicado no 1º Encontro ERC Portugal, tem vindo a implementar um conjunto de programas cuja arquitetura integrada abrange os vários ciclos da participação nacional nos concursos do ERC. Destaca-se o ERC-PT Pre-Assessment, ERC-PT A-Projects, e o ERC-PT Careers.

Publicado em 17 Junho 2025

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) abriu as candidaturas à 3.ª edição do Programa RESTART. Com uma dotação orçamental prevista de 1,6 milhões de euros, este programa promove o financiamento, em concurso competitivo, de projetos individuais no montante máximo de 50 mil euros, e com uma duração de execução de 18 meses. As candidaturas estarão abertas até ao próximo dia 16 de julho.

O programa RESTART é dirigido a investigadoras e investigadores que tenham gozado recentemente de uma licença parental, incluindo por adoção. Abrange ainda, com condições de elegibilidade específicas, licenças parentais partilhadas e ainda investigadoras e investigadores detentores de um contrato de bolsa.

Este programa destina-se a apoiar o regresso às atividades de investigação, após a licença parental, procurando minimizar o impacto da parentalidade nos horizontes de carreira e o planeamento de percursos de investigação de investigadoras e investigadores. Apoia investigadoras e investigadores na prossecução e desenvolvimento de uma ideia de investigação original e inovadora, com a possibilidade de lhe associar outros recursos humanos e/ou materiais, de acordo com o financiamento disponibilizado e o tempo de execução previsto.

Podem candidatar-se, com o compromisso da instituição de acolhimento, investigadoras e investigadores nacionais, estrangeiros e apátridas que cumpram cumulativamente, à data-limite do período de submissão de candidaturas, os seguintes requisitos: (i) ser detentor do grau de doutor; (ii) ser membro integrado doutorado de uma unidade de I&D, ou ter um vínculo contratual com um laboratório de Estado; (iii) ter beneficiado de uma licença parental, incluindo por adoção, de uma duração igual ou superior a 120 dias, ou de uma licença parental partilhada, incluindo por adoção, de uma duração igual ou superior a 72 dias, entre 10 de abril de 2024 e 02 de junho de 2025, inclusive. Com a definição deste período de elegibilidade, a FCT garante a continuidade e a não existência de um hiato entre esta edição e a anterior.

Para mais informações, consulte a página da 3.ª edição do Programa RESTART e o respetivo Aviso de Abertura.

Publicado em 6 Junho 2025