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A Comissão Europeia abriu um conjunto de sete consultas públicas, com o objetivo de recolher contributos para a elaboração das propostas globais da próxima geração de programas do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) pós-2027. A participação nestas consultas pode ser feita até 6 de maio.

Cidadãos, organizações e partes interessadas são convidados a partilharem as suas opiniões e ideias através destas consultas, que constituem uma oportunidade fundamental para a futura orientação do financiamento da União Europeia.

Devido à sua especialização e conhecimento, a comunidade científica está em posição de dar contributos relevantes e cruciais para a definição do novo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia, com impacto nas mais diversas áreas, como: competitividade; execução do financiamento da UE com os Estados-Membros e as regiões; ação externa; educação, formação e solidariedade transfronteiriças; juventude, meios de comunicação social, cultura e sectores criativos; valores e sociedade civil; proteção civil, preparação e resposta a crises; mercado único e cooperação entre as autoridades nacionais; desempenho do orçamento da UE.

As consultas públicas estão disponíveis aqui:

Photo credit: Fabrizio Maffei / Shutterstock.com

Publicado em 21 Fevereiro 2025

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) lança a sua nova Política sobre Acesso Aberto a Publicações Científicas resultantes de investigação financiada pela FCT, que se traduz numa revisão e atualização significativas dos mecanismos em vigor desde 2014.

Esta nova política, aplicável a financiamentos cujo período de candidaturas termine após 7 de fevereiro de 2025, destina-se a artigos científicos, livros, capítulos de livros e monografias e a teses de doutoramento e dissertações de mestrado, corporizando o entendimento de que a investigação financiada por fundos públicos, como são os que a FCT concede no quadro da sua missão, deve produzir resultados que sejam do domínio público, livremente acessíveis e reutilizáveis por todos. Desta forma, é potenciada a cooperação científica e o avanço da Ciência, promovendo-se também uma acrescida visibilidade da produção científica e dos seus autores.

Os documentos disponíveis online incluem informação detalhada sobre a estratégia de retenção de direitos e FAQ’s específicas para a publicação de artigos, teses ou livros. Foi também criado um site de apoio destinado a ajudar os investigadores ao longo de todo o processo, até à publicação em acesso aberto.

Em função do tipo de publicação científica, estão previstas diferentes vias para a publicação em acesso aberto: a Via Dourada, que corresponde à publicação imediata em acesso aberto na revista, livro ou plataforma de publicação; a Via Verde, referente à publicação em acesso aberto num repositório da rede RCAAP de artigo ou livro publicado em acesso fechado; ou a Via Transformativa, que permite a publicação, em acesso aberto, numa revista híbrida ao abrigo de um acordo transformativo.

No caso da publicação de uma tese de doutoramento ou dissertação de mestrado financiados pela FCT, existem dois modelos de publicação disponíveis: Grau Nacional, quando o grau é concedido por uma instituição portuguesa; e o Grau Estrangeiro, quando é concedido por uma instituição estrangeira. Quando o grau académico é obtido numa instituição portuguesa, cabe à instituição proceder ao depósito da tese ou dissertação num repositório da rede RCAAP no prazo de 60 dias contados a partir da data de concessão do grau. Quando o grau académico é obtido numa instituição estrangeira, cabe ao próprio autor promover o depósito da sua tese ou dissertação num repositório RCAAP no prazo de 60 dias contados a partir da data de concessão do grau.

A Política tem como pedra de toque a não admissão de períodos de embargo na disponibilização de conteúdos em acesso aberto e a retenção de direitos sobre os conteúdos publicados, o que permite assegurar que pelo menos a versão manuscrito aceite é disponibilizada em acesso aberto.

A revisão da anterior Política resulta da experiência da sua aplicação ao longo dos últimos 10 anos, dos desenvolvimentos muito significativos verificados no tratamento do acesso aberto por instituições das quais Portugal faz parte, tais como a UNESCO ou a União Europeia (UE), e também da crescente consciência dos benefícios da publicação em acesso aberto, como forma de disseminar o acesso ao conhecimento. Os contornos desta revisão são também orientados pela adesão da FCT ao Plano S, promovido pela cOAlition S, e apoiado pela Science Europe.

Publicado em 6 Fevereiro 2025 | Atualizado em 11 Fevereiro 2025

A Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, visitou a 7 de fevereiro as instalações do supercomputador português Deucalion, em Guimarães. A visita, que incluiu uma reunião com a equipa que opera aquela infraestrutura, foi parte integrante de um conjunto de contactos estabelecidos com a Universidade do Minho (UMinho), visando a consolidação de estratégias nacionais na área da Inteligência Artificial (IA).

O supercomputador Deucalion, inaugurado em setembro de 2023, é gerido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) com o apoio da UMinho, e tem capacidade para executar 10 milhões de biliões de cálculos por segundo. É por isso um instrumento fundamental para a produção de ciência e inovação de excelência em Portugal em diversos domínios, contribuindo positivamente para o desenvolvimento de políticas públicas ligadas à modernização, inovação e empreendedorismo.

Atualmente, o Deucalion está também acessível aos investigadores que pretendam potenciar os seus projetos ao explorarem este recurso computacional inovador. As candidaturas aos acessos A2 e A3 do 5.º Concurso de Projetos de Computação Avançada, gerido pela FCT, através da sua unidade de serviços digitais FCCN, estão abertas até 11 de março de 2025.

Publicado em 10 Fevereiro 2025

A COST – European Cooperation in Science and Technology organiza um Info Day no próximo dia 18 de fevereiro, das 10h00 às 11h45 (CET). Esta sessão, aberta a todos os países, tem o objetivo de informar a comunidade de investigação sobre a forma de participar nas ações COST ou de apresentar uma proposta de ação, bem como sobre o papel e o impacto deste programa e os benefícios da oferta COST.

A iniciativa está aberta a todos os investigadores e inovadores em qualquer fase da carreira e de qualquer domínio de investigação, em especial aos jovens investigadores. Para participar é necessário efetuar o registo através da página Web dedicada aos eventos COST. Esta sessão será organizada no Zoom e transmitida em direto pelo YouTube.

Com o objetivo de aprofundar alguns dos temas abordados durante a sessão da COST, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) irá promover uma sessão de esclarecimento de dúvidas, no dia 21 de fevereiro, das 14h30 às 15h30 (hora de Portugal Continental). Será também necessário o registo para participar nesta sessão.

A COST financia atividades de colaboração transnacional num sistema de redes de investigadores com livre acesso e bottom-up, em todos os domínios científicos e tecnológicos. Estas redes, denominadas COST Actions, possibilitam avanços no desenvolvimento do conhecimento científico, contribuindo para o fortalecimento da Europa como líder em I&DT.

Uma ação COST é assim uma rede de investigação interdisciplinar que reúne investigadores e inovadores em torno de um tema específico durante quatro anos. Estas ações estão abertas a todos os domínios científicos e tecnológicos, incluindo os novos e emergentes. As ações COST são também ações de base emergentes e ascendentes (bottom-up), o que significa que pode ser proposta uma rede baseada nos próprios interesses ou ideias.

O financiamento de uma ação COST cobre as despesas das atividades de networking e pode ser utilizado para financiar eventos, missões científicas de curta duração, escolas de formação, atividades de comunicação e ferramentas virtuais de ligação em rede.

Cerca de 1500 membros do sistema científico e tecnológico em Portugal beneficiam, todos os anos, de financiamento da COST e igualmente mais de mil investigadores escolhem Portugal como destino para as suas missões e atividades da COST.

A FCT representa Portugal na COST. Mais informação na página do site da FCT sobre a COST .

Publicado em 12 Fevereiro 2025

Em comunicado, o Hamas assinalou a libertação de 369 prisioneiros palestinianos por Israel prevista para hoje em troca dos reféns, que já chegaram a Ramallah e à Faixa de Gaza.

“Estes momentos, em que testemunhamos os nossos heróicos prisioneiros a abraçar a liberdade, são um novo passo na nossa longa viagem em direção a Jerusalém”, referiu o grupo islamita.

O Hamas salientou ainda que Israel tem agora a “responsabilidade de aderir ao acordo e ao protocolo humanitário e de iniciar a segunda fase das negociações sem demora”.

De acordo com os termos do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que esteve prestes a ser quebrado esta semana, as negociações com os mediadores – EUA, Qatar e Egito – sobre a segunda fase deveriam ter começado 16 dias após a entrada em vigor do acordo, ou seja, em 03 de fevereiro.

Esta nova fase, considerada mais complicada, prevê a devolução de todos os reféns capturados no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e uma prorrogação indefinida do cessar-fogo.

A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos aconteceu hoje após uma semana de tensões entre as duas partes.

Israel ameaçou retomar a guerra em Gaza se o Hamas não libertasse hoje os reféns, recorrendo uma declaração do Presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou “o inferno” em Gaza se o Hamas não libertasse “todos os reféns” antes do meio-dia de hoje.

Os islamitas libertaram hoje três dos reféns capturados em 07 de outubro de 2023 que ainda se encontravam na Faixa: Sagui Dekel-Chen, de 36, Alexandre Trufanov, 29, e Iair Horn, de 46.

Em troca, Israel libertou 369 prisioneiros palestinianos, 36 deles a cumprir penas perpétuas, com a maioria (333) a ser enviados para Gaza.

Dos 251 sequestrados em 07 de outubro de 2023, 70 permanecem ainda na Faixa de Gaza.